Agora com vista para o mar Cinco meses depois de fechar no Catete, Bar Getúlio tenta a sorte na Avenida AtlânticaInaugurado em 24 de agosto de 2004, exatos cinquenta anos depois do suicídio de Getúlio Vargas ali no Palácio do Catete, do outro lado da rua, o Bar Getúlio começou bem, prestigiado por especialistas em boteco como o compositor Moacyr Luz. Logo, no entanto, sucumbiu à atual falta de vocação do bairro — que já foi o centro das atenções da antiga capital federal — para a boemia. Após cinco meses de portas fechadas, a casa tenta a sorte novamente em endereço mais nobre: a Avenida Atlântica, quase na esquina com a Rua Siqueira Campos. Foram mantidos o nome e muitos outros detalhes do antigo ponto, a exemplo das charges e caricaturas de Chico Caruso, Jaguar, Ique e Loredano na decoração. Os desenhos ocupam a parede no fundo do salão, que ostenta belo piso de granito rosa. Mais mesas espalham-se pelo deque sobre a calçada. Da cozinha, ponto forte na encarnação anterior da casa, saem pastéis crocantes de carne-seca com catupiry (R$ 3,50 a unidade) ou de bacalhau (R$ 4,00 a unidade), boas companhias para o chope Brahma (R$ 3,80 a tulipa). Aos barris, é dispensado tratamento especial: antes de ser acoplados à torneira, eles ficam em um balcão frigorífico. Outra das triviais opções de bebida disponíveis é a caipirinha de limão (R$ 7,00). São sugestões mais substanciosas o combinado jackson e almira (R$ 28,00), de carne de sol acebolada, carne-seca, aipim frito e farofa, e a saborosa frigideira de bacalhau (R$ 38,00). Sábados e domingos são dias de cozido (R$ 34,00), em travessa para três pessoas, ótima pedida composta de carnes saborosas e legumes no ponto certo. Aberto há pouco mais de dez dias, o bar ainda precisa ajustar o serviço, o que, por enquanto, é compreensível. Bar Getúlio. Avenida Atlântica, 2334, loja B, 2255-5272/ 6069, Metrô Siqueira Campos.